Na maioria das vezes estamos adormecidos, mas nem damos conta disso. Andamos, trabalhamos, bebemos, comemos, nos divertimos, nos estressamos, ou seja, fazemos tudo aquilo do acordado. Mas eu não estou me referindo ao “desperto” para a vida apenas física, ou para a vida que nos é apresentada tal qual um trilho onde seguimos sempre enfrente sem sair do trajeto estabelecido para ele.
Na verdade nem nos apercebemos que estamos em um trilho, que nos é apresentado quando estamos em formação, a medida que crescemos. Menina veste rosa e menino azul, menina brinca com bonecas e menino carrinhos. A mulher tem que fazer todo sacrifício para ficar bonita, homem que é homem não chora. E fazem a nossa moda, o padrão de beleza, criam celebridades, silenciam outras. E dormimos e “acordamos” sem perceber o tempo, sem sentir a vida passar e já não mergulhamos no conto de fadas, porque já não contamos as nossas crianças ou crianças adultas as mesmas historinhas que nossos avós nos contavam. E se sonha com o BBB, com a garota ou garoto dos Rebeldes, ou os sertanejos românticos incorporado de príncipes encantados dos cifrões para a “feia” rotulada pela sociedade materialista.
Assim passamos pela realidade e sua rotina, como trem britânico, sempre em ponto para os ponteiros invisíveis que nos regulam.
Como a Aurora, a bela adormecida que vive um eterno conto de fadas, vislumbramos a aurora, o despertar de um novo dia pela janela, e nosso corpo e cérebro desperta para seguir o traçado do viver que nos foi apresentado. Mas no fundo fica a esperança, do príncipe da consciência desperte em nós e percebamos que é hora de mudar.