9/12/2013
De repente acorda
Há um determinado momento da vida que levamos um sacode.
Os mecanismos que regem a Roda da Jornada parecem serem acionados. Por quem eu não sei, e acreditem, é o que menos importa.
E paramos, assim como nos detemos em uma bifurcação em um caminho e perguntamos a nós mesmos para onde ir.
Mas os questionamentos não param aí.
Por que estou aqui?
O que tenho feito?
O que esta situação está acrescentando para mim?
O que essa pessoa que se relaciona comigo está contribuindo para caminharmos juntos. Será que eu estou enriquecendo também sua caminhada? Essas pessoas que estão no meu círculo de contatos estão de fato interagindo comigo? O que acrescentamos uns aos outros na caminhada terrena e espiritual?
Porque não queremos ser mais um recenseamento do Sistema, não quero mais somar quantidade seja onde for.
Não quero vivenciar um relacionamento que ambos não buscam aprender com os erros, e partindo deles buscar acertar. Não quero ser mais uma voz clamando para ninguém ouvir no coro dos ignorados.
Está mais que na hora de eu acordar, de eu ver que o meu corpo físico não é uma máscara, uma maquiagem. Que faço uso dele, para expressar minhas ideias, meu trabalho, minhas emoções, e não interpretar o que uma sociedade padronizou, estipulou como certo ou não. Eu analiso, questiono, observo.
Chega um momento da vida que optamos ser o não “Juanita” vai com as outras, ou “Juanito” bobo vai com os outros. Porque um dia sem hora marcada seremos “Juanitos e nitas deitados para sempre, em um número a mais na terra dos pés juntos. Então perceberemos que desperdiçamos muito tempo com pessoas, situações que sequer mereciam nossa atenção.
Se a nossa casa está sendo derrubada, não é hora de mudança? Não é hora de ter atitude, vamos recomeçar quando valer a pena, vamos acertar se há essa vontade, vamos lutar se há como lutar e esperança de vencer. O que não podemos é continuar como cardume de peixes, como ovelhas pastoriadas muitas vezes por lideres farsantes, no papel de pastores, no anfiteatro terreno onde ovelhas perdidas precisam de uma direção, mas não precisam de cabrestos. Não queremos pão, sobras de bolsas que enganam a fome, não precisamos de circo, porque cansamos de ser os palhaços. Vamos parar de criar mestres, líderes, pastores, referencias físicas, porque não precisamos mais delas, temos os ensinamentos incrustados em nossa organização espiritual. Vamos relembrar, estamos há milênios nesta escola chamada Terra, e sabemos o que precisamos para debutar na vida maior, no mundo espiritual, que é o real, a vida real!
O que tenho feito aqui? O que tenho feito para tornar esse lugar, nem que seja um rebento de esperança? Um pálido reflexo do Amor verdadeiro? O que é o amor verdadeiro? Aquele que não cobra, aquele que não espera, aquele que não mente, aquele que não cobiça, aquele que não prende, aquele que apenas ama! Ama o certo e o errado, o feio e o bonito, ama com cor, ama em preto e branco, ama a carne, ama a carniça, ama! Porque o amor não tem outro adjetivo, é apenas amor, é verbo, é criação, é realização, é simplesmente é. E é antes dos mestres, é antes de toda ação, de todo ato, de toda criação.
Perdoem-me os erros de português. Nem vou poder parar para olhar onde errei, e mesmo se visse nem sei se saberei consertá-los.
Quem sabe deixa o concerto para as almas que falam a mesma língua e cantam a mesma canção... Agora, está perto do almoço e preciso colocar arroz no fogo.
Bom dia!
By. Anah marins