4/14/2010

Relato - Noites Escuras

 Décima Primeira Hora



Estamos na Décima Primeira Hora onde o tempo se consome e é quase inaudível os Ensinamentos Cósmicos, Despertai! Este é o chamado aos Trabalhadores de última Hora! 

Estamos as portas de culminância de uma transformação, energética, física no qual resultará a ascensão da Terra. Está gritante as mudanças climáticas que o planeta está passando, e mais ainda o psiquismo, emocional não preparado para tantas mudanças fazendo com que os glossários médicos cresçam a cada dia com novas síndromes. 

A sensação que o tempo está voando e os acontecimentos estão acelerados e que de certa forma tudo que foi escrito pelos antigos livros está acontecendo. 

Uma coisa é certa, as nossas ações de hoje determinam o nosso futuro se vamos ficar ou seremos arremessados a uma nova realidade, a um novo recomeço porque ficamos limitados no material cerceados pela mente controlada pela ilusão do meio. 

Tem um monte de informações sobre este momento nas livrarias, na Internet, em grupos esotéricos, e cada um dentro da sua linguagem narram presente e futuros acontecimentos. Mas eu gostaria de falar sobre o que está acontecendo por lado avesso, o lado interno relatando as emoções, as influencias de tudo isso em nós. 

Não serão narrações escritas como os doutos ou letrados, vou relatar do modo simples, do meu jeito. 
Quando buscamos a luz elevando nossos pensamentos, educando nossa mente e dominando nossas emoções e buscando um caminho onde possamos sair da estagnação mental, onde podemos nos sentir melhor, possamos ser mais úteis deixando a ociosidade. Basta este pensamento para vir as trevas tentando nos persuadir, intimidar ou iludir para desviarmos do caminho e recuarmos. Poucos conseguem ver os artificios usados pelo outro lado, para que passe a décima primeira hora e "na luz de maia" o tempo se esgote. 

Sempre soube pela farta literatura espiritista das artinhas das trevas para não perder seus coadjuvantes, já fui testemunha das armações mirabolantes para eles alcançarem seus propósitos. Portanto não foi surpresa eu ser alvo, (e você ser alvo, a sutilidade deles ao nos desviar do propósito é quase imperceptível) mas foi surpresa a força do poderio bélico (se assim posso me expressar), sim eu não esperava e os subestimei ou não vigiei o bastante. 

Achei mesmo na época que não estava preparada para tudo que vi, que vivenciei de ambos os lados, após o término do livro Ancorando a Luz, a mais ou menos cinco ou seis anos e a seqüência de acontecimentos julguei-me sozinha e abandonada, devastada, vazia, morta, me sentia um deserto! 

Onde eles estavam após tudo aquilo, após por no papel a última frase? Como eles não anteviram que eu não estava preparada para ver, passar, sentir tudo aquilo? Eram perguntas sem respostas, perdi meus olhos de ver, meus ouvidos, perdi a percepção do invisível, perdi tudo! 

Eu era nada mais que um zumbi, sim, era assim que me sentia, um monstro! 

E quis fugir e me esconder, e fugi da cidade, dos meus familiares, dos amigos, e de tudo que me ligasse ao passado. 

Como erraram tanto, como eu errei tanto? Já não fazia mais essa pergunta, já não queria pensar e queria anestesiar os sentidos, os pensamentos e me esqueci nos gráficos animados e me perdi de mim e de tudo que lembrassem Eles, eu, ou o passado! 

Sim, sentia saudades dos amigos, dos familiares, mas queria que eles tivessem a lembrança boa de mim e não o que me tornei. 

O livro, Contato: Ancorando A Luz foi para mim até então uma incógnita, um labirinto de palavras numa trama até então sem sentido. No qual só a lembrança dele vinham as impressões mais medonhas que já senti, além de uma versão maior ainda. Esqueci de quantas e quantas vezes pensei em deletá-lo, de jogar no lixo aquelas páginas enigmáticas que me causavam transtornos. A prova do maior dos meus erros no qual não estava preparada, e não entendi porque eles acharam que eu estava. 

Hoje percebo que eles nunca me abandonaram, assim como minhas filhas, e amigos que por e-mails, telefonemas e cartas sempre tentavam chegar até mim. 

Quem tinha se abandonado era eu mesma, quem foi ao fundo do poço e quis lá permanecer foi eu mesma, quem fugiu deles e de todos se negando a ver também foi eu mesma. Não queria ver os sinais, olvidava as palavras amigas, só queria passar o tempo anestesiada, sem lembrar, sem pensar. Lembrar? O que eu me negava a lembrar?

Voltando aos sinais estes vieram de todas as formas possíveis para uma “cega, surda de sensibilidade” o mais gritante foi numa noite no começo do ano passado. Sai do interior da casa, queria sentir o ar fresco noturno, ver as estrelas e a lua linda a pino no céu. O estranho se interpondo a visão que eu tinha ao olhar o céu, a lua. Havia em torno dela havia uma nuvem fazendo uma imensa circunferência, a lua parecia para comparar uma laranja e o circulo em torno dela era um aro de bicicleta formado certinho de nuvem e no meio não tinha nada, se via o céu estrelado(veja foto tentei mostrar na imagem trabalhando a foto pelo photoshoop mais ou menos o que vi). Meu esposo disse ter visto semelhante fenômeno algum tento atrás ali mesmo. A princípio achei estranho, mas logo dei de ombros tudo era possível e era mais um fenômeno natural. Na verdade nunca fui muito dada a fenômenos nunca alimentei a parte São Thomé em mim, ver para crer. 

Na verdade eu estava ali sozinha, e fosse o que fosse nada mudaria, sim nada. 

Mas tudo tem seu tempo, a semente de germinar, a lagarta para virar borboleta. 

E só agora foi o meu tempo de despertar, de ver o que antes não conseguia enxergar. 

Não, não foi erro eu estava preparada para a tarefa, foi eu que pedi. 

A minha passagem por algumas escolas religiosas, a educação da sensibilidade, a preparação para outro aprisco, as mensagens que vinha, as projeções mentais e astrais, tudo foi uma preparação. As conversas com Seres de longe, as idas as zonas da Terra em outro estado dimensional, as lições do caminho e na montanha com Kamael, a paciência e o carinho do nosso amado amigo Ariel. 

A consciência de mim mesma, a minha prova pessoal, os meus passos um a um no caminho, as quedas, as lágrimas e enfim o amadurecimento. 

Agora posso sim dizer, que o Ancorando a Luz não é mais o bicho papão para mim e incógnita para muitos que não entenderam, porque de muita coisa que ali estava. 

Eu mais do que ninguém quero, devo explicar o que ficou anuviado. 

Só peço paciência, não posso passar muito tempo enfrente ao PC digitando, pois sinto mal estar. 

Quero agradecer a todos pela paciência, pelas vibrações de luz, pelo carinho, e quero pedir desculpas pela minha fraqueza, pelo silêncio e distancia. 

Creio que vou relatar, passar aqui neste espaço o que a maioria estão passando com essas vibrações pesadas, e sofrendo os ataques também cada um segundo sua sensibilidade. 

O que seu meus amigos, é que somos todos caminhantes e estamos arrolados nesta transformação que passa a Terra, o que precisamos agora é nada mais que Consciência. 

Que a Paz Crística esteja em nós e Sua Luz ilumine nossa senda nesta caminhada. 

Linyth 

22 de fevereiro de 2010
Reminiscências
Sair em Projeção ou Viagem astral é preciso hoje mais do que nunca uma proteção mais ostensiva, porque o ambiente está muito mais hostil. Nunca foi tão necessário orar antes de se entregar ao descanso físico. Isso fez lembrar um mentor de umbanda que pediu que acendesse uma na soleira da porta da frente de minha casa e outra na porta dos fundos e pedisse a São Miguel Arcanjo para proteger a casa das forças negativas, que guardasse a todos dos ataques do mal e rezasse ali na soleira da porta rezasse um Pai Nosso e uma Ave Maria. Muitos desprezam os ensinamentos simples achando que não tem eficácia, mas eu sei como isso me ajudou, poderia ter sido pior. Poderia ter sido levada a aqueles sítios sem nenhuma proteção, e mesmo não vendo eu tinha a proteção dos seres daqui e dos seres de longe. O artifício das TREVAS do COMANDO OCULTO é: NÃO ORE, NÃO ENTRE EM CONTATO COM OS MENTORES DO ASTRAL! Nada do astral presta! Não é isto que falam? Não vos deixem enganar, cautela!
Queria muito ajudar, ajudar as pessoas ignorantes que deixam manipular sua energia sexual (Kundalinío “Fogo Serpentino” localizada no Chacra Básico). Tal qual Eva foi pela “Serpente”, dando força ao “demônio”. Tudo parece um fantasioso demais, sim eu sei, mas é preciso ver além das letras e da ilusão. Nenhum lugar sério que atua servindo a luz mexe com a energia kundaliní, é perigoso fazer isso. No centro espírita kardecista o médium é orientado a não parar as mãos ali no centro de forças básico, ao aplicar o passe basta alguns segundos impondo as mãos e sair e sem toques. Precisava alertar, não permitam que mexam na kundaline, vocês podem ser vampirazados! A kundaliní é ativada apenas por vocês mesmos, e num momento particular. Só o amor eleva, só o amor ultrapassa todos os limites, só o amor é sublime! O que não é despertado com amor desce, pertence a terra, pertence a carne e queima como paixão! Como a kundaliní vem sendo ativada de forma errônea, e em tenra idade. Basta olhar os pequeninos imitando inocentemente danças sensuais. Tudo “inocentemente” passado pela mídia com seus meios de comunicação capazes de manipular massas.
Demônio não desmascara demônio apenas finge desmascarar!
Tudo segue como foi predito pelo Cristo quando se manifestou em Jesus.
Sinto uma tristeza imensa e não oculto. Sinto-me como estivesse num deserto, sozinha, sim. Não adianta eu ir além com palavras, o vento vão levá-las como sempre e o que fica é o que as trevas mostra ostensivamente que é físico. Acreditam no que os olhos vêem e toca e não no que não vê. Quem vai acreditar no perigo de paranormais mexer com a kundaliní? Mesmo que no ato sinta-se envolvido, excitados sexualmente, e presos a eles paranormais. Ah porque não falo em singular? Porque ele não está sozinho, porque há uma Legião em torno dele esperando a hora para espreitar quando menos esperam. Eleito do mal, e até o mal diz fazer o bem, até o mal se mostra o iluminado, até o mal desperta paixão.
A separação enfim está acontecendo, e não estamos sendo escolhidos e sim NÓS ESTAMOS FAZENDO A ESCOLHA! Nós estamos escolhendo a quem servir, a quem defender. Amigos se separarão, pais, filhos, amores! Quem não estiver na mesma sintonia, na mesma vibração vai unir-se aos que estão e haverá conflito.
Enquanto o tempo passa mais e mais mensagens vis, por isso o Chico Xavier deixou um código para identificar quando a mensagem seria dele de fato, isso é sabido no meio espírita há décadas. E o Globo Repórter da famosa tv esqueceu de mencionar que não há mais mensagens de Emmanuel, porque como o próprio Chico Xavier disse bem antes de desencarnar que quando ele partisse Emmanuel encarnaria no ato. Digo isso porque vejo um monte de mensagens de “Emmanuel” pela Internet com datas recentes. E é chegado a décima primeira hora, crianças cristais descem em massa para estes tempos, será preciso a intervenção delas.
Acho que por hora escrevi até demais, relatei algo que aconteceu comigo, falei do perigo da projeção ou viagem astral, além de deixar manipular a Kundaline por pessoas duvidosas.
Que o Cristo nos Guie!
Amor & Luz!
Linyth
O CANAL

O médium ou canal é como uma antena parabólica, receptor de vibrações que não são vistas a olho nu, portanto está sempre sujeito a impressões exteriores. Quando precisei atuar como médium ou canal, fui orientada a primeira coisa a fazer: Educar a Mediunidade ou seja estudar a faculdade mediúnica. Aprendi que o mandato mediúnico não é mérito algum e nem nos torna especiais, pelo contrario somos o que mais temos faltas. Então fui para um centro espírita estudar e educá-la. Foi na mesa mediúnica que aprendi a separar, discernir as vibrações, as sensações. No mundo invisível como há manipulação de fluidos, energia, se ter um conhecimento aprofundado do assunto, de como age e são os seres é uma imensa vantagem e proteção para não cair nas garras de forças trevosas. E há trevosos do orbe terreno, como de outros orbes também, não estamos sozinhos no Universo e muitos aqui vem com corpo físico e outros que aqui desencarnaram e ficaram presos na Terra. Evolução ou evoluídos não quer dizer que são aqueles que dominam a tecnologia e sim um estado de consciência. 
Continuando foram anos e anos em uma mesa mediúnica aprendendo a sentir no campo áurico a abordagem dos seres e de energias. 
Quando vieram as mensagens dos Seres de longe e precisava afastar-me da Seara Espírita, sabia que estava saindo de um lugar seguro onde tinha todo amparo dos amigos físicos (o corpo mediúnico e mentores da casa) para algo desconhecido. Mas era preciso levar o esclarecimento em um campo novo onde havia pessoas que precisavam de ajuda, muitos eram vítimas de embusteiros. Embusteiros de ambos os lados e de múltiplos mundos, só que cada um visando o “seu ganho”. Seria mexer em casa de maribondo, seria desagradar gregos e troianos. Sabia que seria alvo de muitos ataques e de ambos os lados e todos, sabia que poderia cair a qualquer momento, sabia que poderia ser aniquilada. A Nova Era, a Era de Aquário há por trás uma gama de interesses por aqueles que não vão ficar. Para eles distrair, alienar e aliciar os que aqui ficarão é a única meta. A guerra ainda não foi vencida, os lados não foram definidos e qualquer um a mais que é ludibriado e vai para as trevas, seja por ignorância ou estupidez para eles é lucro. 
E eu subestimei-os e cai! 
Ah! Quantas mensagens de luz não é mesmo? A Era de Aquário é isso apenas? Temos centenas de dezenas de mensagens que falam de amor, paz e luz, sim temos. 
E vem a minha mente uma fábula 

Um senhor da leira vem e trás sementes de uva e senta junto ao canteiro, e vem outro senhor e trás outro saco de sementes e coloca ao lado dele e também senta. E vem mais outro e outro, outros e são centenas de milhares que estão sentados falando de suas sementes, qual é a mais perfeita, a melhor. Os dias passam, meses, anos e continuam ali a falar das mesmas sementes. 
Pode me responder qual o fruto? Podem me responder se essa dissertação sobre sementes irá alimentar os famintos? Podem me responder que ficar ali sentado falando de sementes dará exemplos para outros plantarem? Pois assim também são as mensagens de paz, amor e luz significam a principio esperança (como as sementes), mas se não transformarem em ações, de nada vale. Serão tão improdutivas como as sementes e logo apodreceram ou cairão no esquecimento até que venham outras e mais outras. 

Não há mensagens novas e sim mensagens repetidas, e muitas repetidas não pelos seus autores. Perdoe-me! Mas muitas mensagens são enviadas para alimentar esse vício e inércia. Não queria ser mais clara do que tentei ser, mas diga caso os Seres de Luz diante de tanto sofrimento iria apenas ficar ditando mensagens? Não seria correto que eles pedissem mais ação de nossa parte? Enquanto falamos de sementes, aff! Mensagens, o tempo passa, passa e tudo vai piorando e o tempo passando... Há algo errado não é mesmo? SIM! Essa é uma das ações do Comando Negro nos prender a futilidades, nos deixar alienados fascinados pela falsa luz! 
O bom canal através do estudo da faculdade aprendeu a discernir o que são mensagens reais do engodo que nada acrescentam servindo apenas para encher lingüiças, como dizia minha avó. A mediunidade é canal aberto a todas as vibrações e cabe ao médium tomar as rédeas de si mesmo senão será manipulado por seres negativos. 
Quem leu os livros basilares kardequiano sabe que os “seres negativos” se passam por luz, também há entre eles letrados e extremamente inteligentes e não devemos subestimá-los. 

Abaixo transcrevo as palavras de Emmanuel, na obra de Martins Peralva " Estudando a mediunidade" 

“Sim meu amigo, observa a cachoeira que surge aos teus olhos.É um espectáculo de beleza, guardando imensos potenciais de energia.Revela a glória da Natureza.Destaca-se pela imponência e impressiona pelo ruído.Entretanto, para que se faça alicerce de benefícios mais amplos, é indispensável que a engenharia compareça, disciplinando-lhe a força.É então que aparece a usina generosa, sustentando a indústria, estendendo o trabalho,inspirando a cultura e garantindo o progresso.Assim também é a mediunidade.Como a queda d’água, pode nascer em qualquer parte. Não é patrimônio de alguém.Desponta aqui e ali, adiante e acolá, guardando consigo revelações convincentes e possibilidades assombrosas.Contudo, para que se converta em manancial de auxílio perene, é imprescindível que a Doutrina Espírita lhe clareie as manifestações e lhe governe os impulsos.Só então se erige em fonte contínua de ensinamento e socorro, consolação e bênção.Estudêmo-la, pois, sob as directrizes Kardequianas que nos traçam seguro caminho para o Cristo de Deus, através da revivescência do Evangelho simples e puro, a fim de que mediunidade e médiuns se coloquem, realmente, a serviço da sublimação espiritual”.Emmanuel 

A sensação de sair daquele estado de alheamento que me encontrava sem ter consciência que me encontrava para mim foi um milagre. As pessoas falavam, minha família e eu simplesmente não ouvia e muito menos os amigos de outro plano. Lembro que não conseguia raciocinar e quando por algum motivo o passado vinha a mente começava a chorar numa tristeza imensa. Certa vez um amigo foi a minha casa, amigo do coração mesmo e quando ele começou a falar do passado, do trabalho, eu comecei a chorar.Era como aquela parte de mim tivesse morrido, perdido e eu não sabia onde estava ou se existia. Eu não conseguia raciocinar, não conseguia fazer nada além do mergulho nos gráficos animados do pc. Muitas coisas aconteceram quando eu estava ausente, muitas coisas com o mundo que deixei, com minha família. 
As forças negativas atuam onde menos esperamos, e age tão sutilmente que pensamos que nada está atuando apenas nós mesmos ou os outros. Eu neguei tudo, neguei a mim mesma, neguei a família, os amigos, neguei os seres. E foi tão profundo esse estado que estive, comparado a quase coma, mexia sim o corpo, andava, mas não pensava em nada, era como não viver (é a única comparação mais próxima que posso fazer). Lembro “do meu caminhar entre os gráficos”, parecia um zumbi andando ali, e quando eu tinha uma breve consciência desse estado que me encontrava eu começava a chorar, numa tristeza de morte. 

Reexaminado hoje com clareza o que aconteceu quando escrevia o Ancorando A Luz, diria que fui fortemente atacada, bombardeada por forças contrárias que na ocasião nem imaginei a magnitude desses ataques. O que não percebi na época foi a grandiosidade do que ali estava sendo exposto ao meio as alegorias. Era o abrolhar do “eu”, o crescer interior, o caminhar sem escoras. Foi o encarar dos “demônios” internos sem mascará-los, sem o paternalismo nosso com os nossos próprios defeitos. Foi trazer para os ombros o fardo dos erros e acertos, foi adentrar na realidade nossa tão nua, despojada de lantejoulas e glitter. Mostrar a perspicácia dos seres do oculto foi um afrontamento a eles. 
Quando escrevi Estrela Que Anunciam, de forma tão simplória, despojado um maravilhoso Preto Velho disse: Você vai abrir clareiras! Pois foi, estava entrando em um meio onde a sapiência dos doutos da nova era pairavam na luz, mas a ignorância dos mesmos quanto à ação das trevas era sapiente quanto. Perdoe-me pelo trocadilho, mas não é hora de massagear egos não é mesmo. A luz não vence balas em zona de perigo, a prudência, o conhecimento daquela realidade não vai fazer vencer as balas, mas evitar, se resguardar. 
O povo está tão desesperançado que qualquer anuncio de luz, de milagre o povo corre. Lá vai o trocadilho novamente, será que ignoram que o Lúcifer é o anjo da luz? Caso os tenebrosos se mostrariam a nós para nos atrair lamacentos e trevosos? 
Ah como são desprezíveis! Falem de luz olvidando as trevas! E nunca se falou tanto nos meios de comunicação de LUZ! Ah! Não falemos de escuridão, não falamos de luz, vamos viver de luz! 
Fazem uso da energia kundalini erradamente para fins abomináveis. Ah! Lembro da dança da bundinha maluca da minha neta copiando o que viu na TV. Sob as luminárias possantes da renomada TV brasileira, sob o auspícios desse maior meio de comunicação é ensinado o despertar da energia sexual. Tudo parece inocente, é assim que eles querem que vejamos, é assim que querem os nossos olhos para maia, e tudo é lícito, é assim que querem que pensemos. 
Hoje posso dizer que se não fosse à base dos ensinamentos espíritas eu teria me perdido, me vendido. 
Agora posso através do desdobramento do meu espírito rever o que não tinha maturidade na época. Fui poupada e muita coisa não tive consciência para dizer. Será como uma regressão, onde eu vou me conduzir o que foi vivido. 
Sei que receberei críticas, não pensem que foi a revelia o prefácio do Ancorando A Luz. 
Esses dias recebi um e-mail no qual a pessoa me questionava porque eu fui tão atacada se eu pertenço a luz. E citou pessoas conhecidas que atuam neste meio, que estão otimamente bem. Colocou ainda que talvez minha fé fosse pequena, por isso passei por tantos constrangimentos. Que havia algo errado comigo, porque todos progrediram, estão com seus “santuários e espaços” cheios de gente, era estranho eu estar sozinha. 
Coloquei para responder o e-mail, mas não veio nada para dizer, eu não sabia o que responder. 
Parei por minutos diante do e-mail em branco. Acho que talvez não seja eu que deva responder essas perguntas, pelo menos não agora. Talvez seja ela mesma, não sei. 
Uma outra coisa que gostaria de colocar aqui é sobre meu Ego, quero dizer que tenho ele na mira vinte quatro horas (rsrs), se vou relatar as vivências não é para "aparecer". E caso alguém venha pensar isso, mostrar meus erros, mostrar meu tropeço para quem quer exacerbar o Ego seria meio tolo.
CASA DERRUBADA

E pela primeira vez em meses senti, senti a dor de estar sozinha. Acho que nem mesmo eu compreendo completamente o meu afastamento. Mas precisava derrubar a casa, precisava ver quem estaria comigo a erguer as pedras para reconstruir. 
Senti uma imensa necessidade de escrever esse poema se pode chamar de poema, para as partículas da mesma Estrela. 


PERDÃO! 
Perdoe-me 
Pela ausência 
Pelas palavras que não falei 
Pelas portas que fechei 
Pela dor que lhe causei 
Perdoe-me, 
Pelas lágrimas que não sequei 
Pela mão que não lhe dei 
Pela omissão e o tormento que te levei 
Perdoe-me 
Pelas suas noites mal dormidas 
Pelos pesadelos, pelo vazio que deixei 
Perdoe-me 
Pela fraqueza, pela minha fuga 
Perdoe-me 
Por ter baixado o escudo e a espada 
Por ter desistido da luta 
Perdoe-me 
Por ter erguido muros no caminho, na estrada 
Deixando apenas no horizonte um beco sem saída 
Perdoe-me 
Por ter destruído a igreja, a casa 
Perdoe-me, 
Pela luz que também te neguei 
Pelas trevas que o atirei 
Pelas flores que não reguei e morreram 
Pela semente que engavetei 
Pela terra que não fertilizei 
É que eu tinha morrido 
E não sabia 
Estou aqui agora 
Precisava coração meu, de Restauração 
E não se faz sem derrubar a casa 
Porque tudo estava errado em meu santuário 
Perdoe-me alma de minha alma 
A minha queda 
O seu tombo 
Ambos machucamos 
Não alimente mágoas 
No Cálice sagrado não se deve deitar o fel 
Sei que foram noites negras, mas olhe em meus olhos 
Vem comigo ver o nascer do sol. 

Não posso dizer que estarei livre da armadilha de Lilith, mas posso dizer que a reconheceria em mim ou fora de mim de imediato. 
Mais que nunca entendi naquele momento Kamael, suas buscas, seu autoconhecimento, o tratado psicológico com o nosso ser acima de tudo. Conhecer nossa alma, o que se oculta atrás do Ego, matá-los nem que seja preciso derrubar e reerguer a igreja muitas e muitas vezes. Mesmo que ao voltar ao abandono do templo e ver que o terreno em volta está vazio. 
Uma lágrima escorreu, sim em corpo astral há lágrimas para chorar, e deslizam pela face, mas sabia que devia ser lágrimas de alegria, só precisava me conscientizar disso. Era o começo de uma nova caminhada, o assentamento da nova igreja interna. Sabia que ainda tinha “demônios” dentro e fora, sabia que tinha que erguer a espada de luz contra a serpente caída. Sabia que seus adoradores e seguidores se voltariam direta e indiretamente contra nós. 

- Ó Mãe Divina nos daí Força! 

Precisávamos de uma pausa, precisávamos despertar no mundo de Maya e caminhar na fisicalidade até o reencontro do amanhã. 

Confesso que chorei ao reler este poema, a caneta deslizava sobre o papel em uma velocidade além que eu pudesse pensar. 
Se pudesse voltaria o tempo a quatro anos passados, mas infelizmente não é possível retornar no tempo no físico. 
E foi tanto a penúria que senti a presença daquele amado ser chamado Ariel. 

- Você veio!- Ele acenou com a cabeça afirmativamente. 
- “Alimentar culpas e tristeza pelos tropeços do passado é acorrentar a alma e traumatizar com doenças o corpo. Não esqueça que nenhum fio cai da cabeça sem que o Pai saiba, portanto olhe como provas que serão refeitas. – Ele sorrindo perguntou. – Você lembra dos barquinhos no córrego? 
- Claro que lembro, perdi todos. 
- Engana-se, você não os perdeu, eles seguiram seu curso. Se você deixou em cada um deles impressões de amor, eles voltam ao porto Ana. O cais gera saudade para quem fica e para quem vai, mas também é esperança sempre. 
A vida continua, e deve continuar com alegria. 
Não questione os desígnios do Pai, mesmo diante da dor, não se esqueça que é tempo de mudanças. 

- Não vou esquecer. 


Que faço aqui? Olho o céu estrelado e a saudade bate forte! Sinto saudade de algo, sinto saudade das estrelas, sinto saudade de meus amigos de ambos os lados. Parodiando alguém, hoje meu sinônimo é saudade. Olhei em torno a buscar, buscar pela fonte de minha saudade... Tantos eu´s esquecidos para construção de outros e mais outros. Não eu não quero erguer os eu´s que fui personalizando ao julgo do mundo ilusório o melhor deles. Não, quero é a soma de todos e crescer na presença do Eu Sou, só a junção das provas chegarei às lições perdidas. 
Não se pode fugir a regra, é preciso seguir o curso dela e aqui tem um caminho e é preciso percorrê-lo até chegar ao cismo. 
Estou no corredor das portas, portas que ligam tudo, mundos paralelos, os tempos. E vejo alguém caminhando ao meu encontro, não vejo o rosto ainda, mas sinto, sinto aquela energia e o meu Chakra Cardíaco acelera. 
Ele parou diante de mim, nossas energias se interpenetraram, senti sua mão na minha. Abraçamos-nos chorando. 
– Saudade! – Foi à única coisa que conseguimos falar um ao outro. Pois o chão se movimenta sob nossos pés, portas passam por nós em velocidade que não sei precisar. Uma porta dupla azulada, pintura rústica e envelhecida se abre como fosse o vento e transpassamos por ela e paramos diante do livro que tinha um olho na capa, este olho estranhamente se mexia. 
O livro é aberto, e somos puxados para fora do recinto, tal qual ocorreu comigo a primeira vez. 
Pairamos no ar, não consigo definir onde estamos. Para tentar descrever, parece que estamos no núcleo de um “furacão”, um espiral de cores, luzes e imagens. Mas a calmariam a serenidade do interior trás um êxtase ímpar. Meu Chakra Cardíaco sente uma energia se concentrar nele e queima como estivesse em processo de ebulição, como fosse receptáculo de um processo alquímico além da nossa compreensão. 
Vejo um filme das nossas vidas passar naquele momento, estamos em março de 2010, quantos anos se passaram? Quatro anos! Quatro anos de solidão, quatro anos de sermos títere das trevas! De ver nossa família, amigos sentir na pele o enredo de uma “peça” onde éramos atores sem vontade, onde éramos dirigidos a bel prazer de uma vontade não nossa. Fomos todos direta ou indiretamente atacados, provados em nossa fé, em nossos ideais. E não estou viajando na maionese não, todos que estavam próximos a esse trabalho sofreram, viram-se atacados em seus pontos mais fracos. 
E não foi só eu sozinha que passei por isso, Shyffer, a Maria do Egito, e outros tantos Shyeffers, Anas e Marias anônimas que não participavam ostensivamente do MS, mas simpatizava com ele. Muitos que devido a este avassalador ataque do Comando Oculto não puderam chegar ao MS por este ter sido exterminado. 
Como apontar culpados? Como continuar me culpando por tudo que aconteceu? Não, não ia alimentar mais o sentimento de culpa. Como poderíamos saber da potência do “trator” se não sentíssemos sua força? E subestimamos as trevas, talvez achássemos surreal demais, fantasioso demais. E não nos fortalecemos, não crescemos, não nos unimos como sementes, não formamos o Corpo Crístico, enquanto o Anticristo crescia, plantava. 
Não ia ficar lamentando e me cobrando por coisas que não vi, coisas que eu fiz e nem buscar culpados seria como dizer a mão que ela era culpada, ou o pé, ou a perna. Como não entenderam que não há culpados, que estávamos a formar o “¹Corpo Crístico”? Nada é fácil para os trabalhadores da luz, é preciso ter consciência disso ou haverá quedas. 
Shyeffer e eu compartilhamos do mesmo pensamento, como unidade, era precisa trazer essa consciência para todos os corpos, para todos os membros. 
“Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. 1- Corintios Versículo 25 
De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. 1- Corintios Versículo 26” 

Se padecemos, se erramos, se... Era hora de avaliar o motivo da queda, e principalmente se fortalecer mais formando uma unidade mais coesa. Uma certeza eu tenho: não nos vendemos, não mistificamos, não passamos mensagens e orientações que viessem a afastar os trabalhadores do Caminho Crístico, do labor na caridade seja esta física ou virtual. Virtual digo que não espalhamos mensagens ilusórias pela Internet. Se plantamos as roseiras de modo errôneo, não vamos nos jogar nos espinhos e sim fazer mudas e replantá-las no jardim. Ninguém erra duas vezes, não quando se adquire consciência de que errou. Também aprendi que não devemos nos culpar por tudo, se algo ainda não deu certo é porque precisa mais tempo para estudar, praticar, lapidar. O sentimento de culpa faz mal, envenena o coração e eu sentia ainda o meu fraquinho. 
Nossas mentes fervilhavam assim como nossos corações e rostos desconhecidos passam na nossa frente naquele espiral. Pessoas que nós desconhecíamos fisicamente, mas que estavam vindo se apresentar, vindo trabalhar, vindo formar o Corpo Crístico! E era preciso antes de tudo serenidade, disciplina, equilíbrio. É necessário consciência do trabalho, do amor ao trabalho e desprendimento. E cada um iria se apresentar, cada um como membro amado, membro indispensável para o crescer do MS. Aqueles que não se apegariam a letra, o verbo morto, e sim a ação construtiva, a união de todos, como fundir na alquimia amorosa da Luz, do Fogo do Santo Espírito. E isso não seria possível se não estivesse tudo as claras, tudo consolidado, sedimentado no amor único. 
Não devemos prosseguir “curtido” no sal da amargura, de culpas. Se é preciso arrancar a mão do escândalo, saiba que não fomos motivos de escândalos, que não fizemos nada errado a não ser sermos atacados em “nossas” fraquezas. Nossa entre aspas porque essas fraquezas são os demônios internos, é o Ego, são os cobradores do passado e são aqueles que não querem ver a nossa evolução.
Precisava dizer isso enquanto tudo girava naquela roda de cor,vento e luz em torno de nós, sabia que ali tinha testemunhas, tinha trabalhadores do MS, tinha os “cobradores”. Eles como nós mesmos precisávamos ouvir isso, tirar de nossas costas a “cruz” da culpa. Se estamos a formar o “corpo de Cristo” também estamos a carregar a cruz, mas a cruz é suave, é dividida igualmente entre todos nós.
As mensagens passadas pelos Seres vindo por nós em nenhum momento disseram que eles eram a salvação, a solução de nossos problemas. Em nenhum momento disseram que teríamos facilidades, ou seriamos os escolhidos. Pelo contrário, sempre disseram que dependia de nós.

1- Corintios, 
capitulo 12, a partir do versiculo 12:

Ariel se despediu e lá fui eu quase parando. O que ele queria de mim? Com certeza ele sabia o que estava acontecendo, mas estava difícil com tantas pendências no caminho. 
– Linyth, por que temes se segue o Cristo?! – Era ele caminhando do meu lado. 
– Temo a mim mesma. Em momento algum estive tão em face com tantas personalidades dentro de mim, de vidas que se foram, mas deixaram seu fel em meu coração. Vê-las no espelho é degradante, penso como pude me deixar levar e cair em tantos erros movidos pelo ódio, pela paixão. Também o vejo em mim, e me revolto ao ver suas mentiras, suas traições, sua ambição desmedida pelo poder, pelo dinheiro! Quantas vezes ¹ele me empurrou para o precipício, quantas vezes saímos do caminho por ele. Mas por outro lado, foi ele que cuidou de mim muitas e muitas vezes, foi por mim que ele se deixou também queimar na fogueira. Tharius, eu estou muito confusa. Por que eu o vejo em mim, eu não compreendo? 
– Sabes que são parte da mesma parte. 
– Sim, eu sei! Mas por que ele não foi comigo? Ele não quis entrar naquele lugar, sinto-me mais uma vez traída por ele no momento que mais precisava. Deixe estar, chega de lamentações, diga-me, por favor, eu estou naquele lugar, parte de mim está presa naquele lugar não está? 
– Ariel respondeu a sua pergunta. 
– Por que não me tiram de lá? 
– Estais na fundação, é necessário o sacrifício. Se aproxime mais, – Ele abriu uma espécie de painel que envolvia a janela. – Olhe. – Vi uma massa negra ao longe. 
– É o ²Aspirante? 
– Sim, aproxima-se a renovação terminando um ciclo e reiniciando outro. É urgente que venha o despertar, não vos deixeis abater, uni-vos para combater as forças renegadas. 
Tharius não passou nenhuma mensagem, não era mais o tempo de mensagens, aquele breve encontro foi para nos dar força para continuar o trabalho. 
Ficou claro que a batalha final havia começado e cada um por seu livre arbítrio estaria a escolher que lado iria ficar. 
Tinha esta mensagem guardada passada por ele há alguns meses atrás e era oportuna para o momento. 


1– Ele é Shyeffer que a acompanha por muitas encarnações na senda terrena. 
2 – Aspirante – É o astro que vem em direção a Terra. Também conhecido como Hércobulos, Intruso, Absinto. 

(Retirado do Livro Ancorando A Luz datado de 2006)
                                                SUBINDO A MONTANHA

Tinha esquecido como era penoso subir a montanha, mesmo plano extra físico, mesmo projetando ao topo dela. Nossa, eu preciso emagrecer, fica mais fácil subir o morro, rsrs. Aprendi com meus irmãos mais velhos a brincar também em certas horas, tudo tem seu tempo, tempo de trabalhar, estudar, de ficar sem fazer nada. Lembro de uma passagem que não sei de cabeça, no qual Jesus enfatizava isso. Censuraram o jeito de Jesus se portar, por ele beber, comer e brincar. Nada melhor que brincar, brincar sem ofender ninguém, com respeito, mas brincar. Nem sempre dá para sorrir diante do cotidiano tão pesado. Sou a pessoa mais mal humorada do mundo, mas estou tentando mudar. Não é porque sou que tenho que continuar sendo, eu preciso me libertar de amarras, amarras que diz para fazermos isto ou não fazermos aquilo. Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém assim disse o Paulo de Tarso. Pois é, nós que devemos ver o que nos convém ou não, e não os outros que a qualquer coisinha vem apontando-nos o dedo ou criticando. Como julgamos não? Como somos juizes diversas vezes ao dia já reparou? Eta! Pois é.
Está mais que na hora de disciplinar os pensamentos, as emoções. Mas do que na hora de montar nesse “corcel” selvagem que cavalga dentro de nós e colocar as rédeas nele. Mas nós colocarmos as rédeas, nos mostrar os limites, nós tomarmos a direção de onde ou não ir. A mente precisa de disciplina, mas apenas nós e mais ninguém pode dar.
A minha convivência com Kamael no Ancorando A Luz veio me mostrar isso, que estava na hora de encontrar o meu corcel e dominá-lo. Que estava na hora de caminhar e não ser carregada no colo por eles. Que estava na hora de abrir aquele livro que tinha um olho na capa, e rever a lições que foram dadas ao longo das vidas que tive.
E isso que eles esperam de nós neste tempo, relembrar! Não relembrarmos se fomos reis, rainhas, sacerdotes, sacerdotisas, se fomos índios, pagés, magas ou magos. Se fomos amarelos, brancos, vermelhos ou negros, eles querem que relembremos as lições. Eles desejam que cresçamos por nós mesmos, já não somos há muito tempo estagiários.
Aduba-se a terra não mais como estagiários, mas como trabalhadores formados e chega a hora de separar as mudinhas que podem crescer, florir das mirradas que apesar de toda luz do sol. De toda água que necessitava e nutrientes que a terra ofereceu, ela se recusou a crescer. Essas “mudinhas” ainda precisam de cuidados para que cresçam em meio à adversidade. Precisa de amparo, o trabalhador precisa observá-la se vai avante. O tempo urge o Grande Senhor da leira vem colher os frutos e transplantar as sementes mirradas ou secas.
Numa última tentativa mesmo entre tantas “ervas daninhas iluminadas” o trabalhador tenta passar o b a BA, e colocando nas entrelinhas um pouco de fertilizantes, sem que os corvos percebam e devorem as sementes que ainda tentam se libertar da pressão da terra e sua escuridão.
Sei que para muitos sábios minhas palavras serão mais e mais besteiras, posso ser sincera? Não me importa, sou aqui e agora na verdade, o Espantalho!
(Continua a quem realmente busca ver além do Espantalho, espero que encontrem)

Ótima Páscoa a Todos
Namastê

Caminhantes